18 de setembro de 2011

A questão do desemprego de longo prazo nos EUA

Muito interessante a discussão sobre esse tema no ótimo blog do Fernando Dantas no portal do Estadão.Boa leitura.

O Manifesto da Econometria Política

"Cesse tudo o que a antiga musa canta
Que um valor mais alto se alevanta

Nós, os econometristas políticos, em nome da honra de nossa profissão (seja lá o que isto for), vêm por meio deste MANIFESTO demonstrar nosso repúdio aos métodos quantitativos burgueses, neoclássicos, ortodoxos, tradicionais, estáticos e reacionários (vide M. POÇÇAS, 1988, pág. 24) e resgatar os valores político-sociais-morais-ideológicos-dialéticos-culturais-dinâmicos-e-acumulativos-de-capital: o caso brasileiro (vide M.C. TAVARICH, 1988, pág. 24) que hoje se põem como a única alternativa viável à feudalização da Econometria Brasileira (vide L.C. BELEZZA, Anais do XXIV Congresso do PE do B, 1988, pág. 24). Propomos uma nova formulação crítica da Econometria Política fundamentada nos princípios que se seguem:

1. Por que, de maneira autoritária, se impõe E(u) = 0? Isto é uma forma afintosa de camuflar a apropriação do excedente da clafe trabalhadora. Por que não 12% ao ano? (a este respeito vide F. GASPARIAN, 1988, Paz & Terra, pág. 24);
2. Por que o erro é denotado por “u” e não “e”? Isto é mais um artífifio para confundir a clafe trabalhadora (vide W. BARELLI, 1988, pág. 24);
3. Quem, afinal, define porque o estimador é justo? A justeza do estimador só pode ser definida após uma ampla discussão democrática com a clafe trabalhadora (vide P. A. SAMPAIO JR., 1988, pág. 24);
4. A lógica totalitária da Econometria Neoclássica impõe que os coeficientes sejam ou positivos ou negativos. Por que não coeficientes dialétricos, positivos e negativos ao mesmo tempo? (vide J. C. BRAGA, 1988, pág. 24);
5. Por que utilizar variáveis quantitativas quando as relações essenciais de produção são qualitativas? Sem embargo (vide C. FURTADO, 1988, pág. 24), propomos a utilização apenas de variáveis dummy (vide LESSA DE QUEIROZ, 1988, pág. 24);
6. Por que utilizar séries de tempo lógico (não veja G. SCHWARTZ, 1988, pág. 24), quando o correto é utilizar séries de tempo histórico (agora sim, vide G. SCHWARTZ, 1988, pág. 24)

Dadas as inconsistências não-contraditórias, imorais, totalitárias e estáticas, entre a realidade dinâmica e a Econometria Neoclássica, propomos aqui o programa de pesquisa da Econometria Política:

1. Aceitar e questionar a existência do Erro Tipo III: admitir que esteja errado quando não está certo. (vide, p. ex., DON JOÃO MANUEL, In: O Capitalismo Retardado, passim.);
2. Consertar a curva de demanda quebrada, que a Econometria Neoclássica permitiu, por mais de cinqüenta anos, que permanecesse no mais hediondo abandono, apesar dos esforços do companheiro Sweezy (vide OLIVEIRA DE CHICO, 1988, pág, 24);
3. Mudar a sede das simulações de Monte Carlo para Cubatão (SP) (conf. proposta de RUHYM AFFONSO, In: Por que eu sou marxista-quercista-leninista?);
4. Substituir as equações de diferença por equações de igualdade, de forma a não reproduzir a estrutura social injusta do capitalismo monopolista-maduro-caindo-aos-pedaços-e-retardado (vide P.T.P.L.S. – porque é de menor – no seu famoso compêndio Isto é uma mierrrrda; ou Lo que Cuércia realmente quiso decir, Edições BADESP, 1988, pág. 24);
5. Substituir os métodos de regressão linear, de cunho claramente monetarista e recessivo (vide Wilson TUBOS & CONEXÕES, 1988, pág. 24), pela progressão não linear em retrocesso (vide F. MASUQQELLI, A esculhambação em processo, 1988, pág. 24);
6. Trocar os nomes de heterocedasticidade, homocedasticidade, homossexualidade (SMITH, KEYNES & quiçá RICARDO, 1988, pág. 24) e multicolinearidade por nomes mais simples, como joão, manuel, cardoso, dimello (vide D. MUNOZ, Pobremas da infração brasileiras e brasileiros, 1988, pág. 24);
7. Substituir os índices de Laspeyres e Paasche pelo índice do DIEESE (vide P. BAU’TAR, 1988, pág. 24);
8. Criar, como pólo de debate nacional, a REVISTA DE ECONOMETRIA POLÍTICA, destarte (vide FURTADO, 1988, pág. 24), a ser editada pela Ed. Motta & Conexão Brasiliense (ligada a futura Universidade Federal Tecnológica de Tocantins – UFETOCAN – a 88 mil quilômetros e 24 metros de São Paulo, a partir da Sé), cujo Conselho Editorial será formado por Brecha Pereira, Brecha Pereira, Brecha Pereira, Brecha Pereira, Brecha Pereira, Brecha Pereira, Nukano e Brecha Pereira

TODO PODER EMANA DO POVO, DE JOÃO, DE MANUEL, DE CARDOSO E DE MELLO

Campinas, primavera florida de 1988"



Obs: Embora tenha alguma afinidade com alguns "desenvolvimentistas", não posso deixar de reconhecer que é engraçado o texto acima.

Gastem mais para comprar suas "carroças"



A recente decisão do Governo de aumentar os impostos sobre os automóveis importados me fez relembrar a expressão que o ex-presidente Fernando Collor usou ao se referir aos automóveis brasileiros naquele início dos anos 90: carroças.
Li recentemente na revista Exame uma reportagem que demonstrava o quanto os carros fabricados no Brasil são atrasados em relação ao resto do mundo.Aqui os carros básicos tem preços altíssimos sem o mínimo de itens de série, é só imaginar que direção hidráulica é um item de "luxo" ainda dentro de algumas (ou todas) montadoras.
Isso tudo se deveu a décadas de ações implementadas visando proteger o oligopólio existente ainda hoje no nosso país.As quatros maiores montadoras (GM,Volks,Fiat e Ford) detém mais de 70% do mercado nacional.Nos últimos 10 anos com a entrada de novas marcas, principalmente asiáticas,  com produtos modernos e mais baratos abalou esse pequeno feudo das "4 grandes".
O mais impressionante é que o governo utilizou o expediente de justificar a medida dizendo que isso é pra proteger a indústria nacional.Só que já é sabido que muitos carros vendidos por essas quatro montadoras são importados sem pagamento de imposto de países como México e Argentina.
O governo ao invés de incentivar a competição no mercado automobilístico para que isso promova bem-estar aos consumidores através de preços mais baixos, prefere atender as reinvidicações de um pequeno grupo de interesse.Só podemos lamentar.

Até mais.

Algumas análises interessantes sobre o assunto:
http://bdadolfo.blogspot.com/2011/09/apagando-luz-do-fim-do-tunel.html

http://omundoemmovimento.blog.uol.com.br/arch2011-09-01_2011-09-30.html#2011_09-16_14_56_12-142809534-0

7 de setembro de 2011

Certas coisas nunca mudam

- João Manuel, me empresta a sua HP - disse Persio pedindo uma calculadora financeira, ferramenta sem a qual ele não sabia como um economista poderia sobreviver.
- HP? Pode me internar no dia em que eu ficar dependente de uma dessas.
  
Em outro momento, Persio foi explicar a Belluzzo como funcionaria uma das etapas do plano e fez uma equação.
- Que isso? Na economia política não funciona assim, não.

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Trecho extraído do novo livro da Miriam Leitão "A saga brasileira- a longa luta de um povo por sua moeda".O trecho demonstra as notórias diferenças entre os economistas da PUC-RJ e os da UNICAMP durante o primeiro governo democrático (JOSÉ SARNEY) depois do fim da ditadura militar. Os debates calorosos tinham como destaques pela PUC-RJ os economistas Pérsio Arida e André Lara Rezende;e pela Unicamp estavam Luiz Gonzaga Belluzo e João Manoel Cardoso de Mello.Interessante notar as fortes divergências entre o uso das ferramentas analíticas quantitativas que até hoje (sempre?) dividem os economistas.

Até mais.

Blog do Greg Mankiw

Uma boa dica de leitura é o blog do Professor Greg Mankiw. Ele ensina na Universidade Havard e é autor de muitos livros, inclusive alguns publicados no Brasil como o famoso "Introdução a Economia.Para ir para o blof do Prof.Mankiw clica aqui.

3 de setembro de 2011

Notas sobre o IV Agosto do Economista (2011)

De 24 a 26 de agosto foi realizado o IV Agosto do Economista na Universidade Federal de Sergipe.Logo abaixo algumas fotos do evento e alguns comentários:




Mesa de abertura(da esquerda pra direita):
Prof.Rosalvo; Prof. Dr. Ricardo Lacerda, Prof. Dr. Olivio Teixeira, Prof.Dr. José R.Andrade, Prof.Dr.Rogério Camargos.




Público acompanhando os debates com muita atenção...




Mesa temática "Porque o Nordeste cresce e ainda continua pobre?"



Este blogueiro (de camisa preta) com mais um questionamento na mente sobre o desenvolvimento econômico brasileiro.







Pontos positivos:
- Mini-curso sobre o software SPSS. (Do qual participei)
 - Mesa temática sobre o Nordeste foi excelente.
- A palestra de abertura foi muito boa com vários pontos de vista sobre o tema abordado.

Pontos negativos:
- Atrasos para o início das atividades. (Afinal aqui é o Brasil né?)
 - A fraca participação, principalmente, dos estudantes na sexta-feira.
 - A ausência de um mínimo de material para os participantes do evento.
                       
Sugestões: - A organização no próximo ano pode cobrar uma taxa de inscrição para poder fazer o evento com um pouco mais de profissionalismo.

No mais, estão de parabéns os organizadores e os participantes do evento.

Até mais.

Sites para informações sobre a economia Sergipana

Abaixo uma lista de links com informações sobre a economia sergipana:

Comissão de Comércio Exterior de Sergipe:
http://www.comercioexterior.se.gov.br/modules/news/article.php?storyid=35
Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe:
http://www.pronese.se.gov.br/
Planejamento:
http://www.se.gov.br/areainteresse/planejamento
SEDETEC:
http://www.sedetec.se.gov.br/
SEDURB:
http://www.sedurb.se.gov.br/
Federação das Indústrias de Sergipe
http://www3.fies.org.br/fies/
Invest NE (Nordeste):
http://www.investne.com.br/

Boas leituras!

1 de setembro de 2011

Nova leitura



O livro aí da foto é o novo livro da Miriam Leitão: "A saga brasileira - A longa luta de um povo por sua moeda". Dei uma "olhadela" na obra em uma livraria, e logo em seguida a encomendei pela internet (mais barato claro né?). Embora tenha um pé atrás com algumas opiniões da referida jornalista, acho que a leitura do livro será válida pois me parece que a obra é uma boa referência a história de todo o processo de inflação vivido no Brasil nas décadas passadas.Quando acabar a leitura, farei uma breve resenha do livro.Recomendo. Até breve.

Material de estudo para Econometria

Hoje descobri esse ótimo site da M.Barros Consultoria, dirigido por Mônica de Barros, doutora em Séries Temporais pela PUC-Rio.Muitos materiais em estatística e econometria disponíveis para download.Para acessar o site clique aqui.